sábado, 25 de agosto de 2012

FIM

Até qualquer dia...

PROGRAMA 21 (25-8-2012)


Björk - Bachelorette
Incubus - Summer Romance (Anti-Gravity Love Song)
Sloppy Joe - O Calor
Ava Leigh - La La La
Rx Bandits - Consequential Apathy
Tara Perdida - Vida é Só Uma (esta e mais nenhuma)
Ignite - Strength
Nekromantix - Rot in Hell!
Tiger Army - Ghosts Of Memory
Bad Religion - Faith Alone
No Use For a Name - The Daily Grind
The Living End - West End Riot
Children Of Nova - The Fall Of Aphonia
The Mars Volta - Inertiatic Esp
Engine Down - Rogue

domingo, 19 de agosto de 2012

PROGRAMA 20 (18-8-2012)



Riverside - Acronym Love
Glorie - Highrise
Nursys - The Circus
Ornatos Violeta - Chaga
Hope - Mostly Filled With
Non Sufficient Funds - A Single Gram
City Of Ship - Critical Vulture
Pendulum - Witchcraft
10 Years - Minus The Machine
Spylacopa - Bloodletting
Bloc Party - hunting for witches
Lostalone - Silence
Placebo - The Bitter End

domingo, 12 de agosto de 2012

PROGRAMA 19 (11-8-2012)



Lostalone - Silence
Trial Kennedy - Sally
311 - India Ink
Lake Cisco - If I ...
Sweater Club - Hypocrisy And Entropy
Tsunami Bomb - Dawn On A Funeral Day
Kiss Kiss - Machines
Maximum the Hormone - Zetsubou Billy
Polkadot Cadaver - Bring Me the Head of Andy Warhol
Alexisonfire - Sons Of Privilege
The Provenance - At the barricades
Twin Zero - Earthbound
Alice In Chains - All Secrets Known

PROGRAMA 18 (4-8-2012)



Nicola Conte - Like leaves in the wind
Tora Tora Big Band - Odd Dog
Chris Boomer - I Am Who I Am
Terrakota - Open Your Eyes
Uxu Kalhus - Extravagante
Dubioza Kolektiv - Making Money
Reel Big Fish - Punisher
Mad Caddies - Today
Never Been Famous - Mr. CEO
The Statics - Touched Up
Part Time Killer - Saving The World
Atentado - Dust
Rise To Fall - Inflexible Kingdom
NoDrama - Tail Nailed Fish
East Of The Wall - A Functional Tumor
Evans Blue - This Time It's Different

domingo, 29 de julho de 2012

PROGRAMA 17 (28-7-2012)



Jay-Jay Johanson - she doesn't live here anymore
Azevedo Silva - Lampedusa
Flávio Torres - Swing da Corja
Hoobastank - Crawling In The Dark (Acoustic)
Johnnyrook - the Light in the Attic
Fiore - The Point In Repetition
I The Mighty - Dancing On A Tightrope
AFI - The Leaving Song Pt. 2
Passage 4 - All That Counts
Zero Down - No Apologies
Turbonegro - I Got a Knife
Butcher Babies - Mr. Slowdeath
Hell Yeah - Drink Drank Drunk
Maize - A.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Destaque | FLÁVIO TORRES - CANÇÕES DE BOLSO - 2012 | Portugal


Género
Folk, Blues, Acustico

Flávio Torres, músico autodidata. Após participações em vários projectos e longas experiências como compositor e cantautor edita o seu primeiro trabalho a solo, trabalho este acústico numa vertente com sonoridades de raíz que vão do swing/folk ao pop e blues. Aqui existem reflexos de melancolia luminosa ou de energia suplicante onde a palavra espelha a fonte do sentir.

Este leque de canções escritas em Português retratam histórias do amor, do desencontro ou mesmo de caminhos tortuosos, vivências e críticas que de alguma forma vão ao encontro do estado do país actual.


O conjunto de canções apresentado por Flávio Torres são evidência de uma estética minimal (guitarras,contra baixo, percussões) com o intuito de procurar um som novo e mais inventivo dentro das áreas que o mesmo aborda. As Canções são simples onde o texto marca a pulsação e o ambiente acústico foge ao lugar comum.


flaviotorres.bandcamp.com/album/can-es-de-bolso
www.facebook.com/flaviotorresmusica
www.myspace.com/flaviotorresmusica
palcoprincipal.sapo.pt/flaviotorresmusica

segunda-feira, 23 de julho de 2012

PROGRAMA 16 (20-7-2012)



As Tall As Lions - Sixes & Sevens 
Moe's Implosion - Light Pollution
Brazil - We
Milbalas - Suplemento da apatia 
Finch - Revelation: Song
Ten Thousand Wrong Choices - Change
The Ramblers - Lemonate
The Sidetracked Fiasco - 547
Local Resident Failure - Where The Bloody Hell Are Ya?
Ambitions - The Illusion
Templeton Pek - Calculate This Risk
The Human Project - The Fall
Boy Sets Fire - Pariah Under Glass
Verse - Setting Fire To The Bridges We Cross
Damage Case - Violator
Earth Drive - Ink Storm

terça-feira, 17 de julho de 2012

Destaque | KATABATIC - HEAVY WATER - 2012 | Portugal


Género
Post-Rock / Ambiental / Rock Instrumental

Os Katabatic lançam finalmente o seu primeiro longa-duração cinco anos depois do EP de 2007, “Vago”. Logo após os segundos iniciais de “Wonder-Room”, a primeira faixa do disco, é-nos possível verificar que muitos anos na estrada a abrir para as mais variadas bandas lhes deu mais maturidade, mais calo e mais músculo.

“Wonder-Room” é, sem dúvida, uma das grandes faixas do disco. Guitarras pesadas (a fazer lembrar Deftones em “Diamond Eyes”) a abrir caminho para o que é um álbum bastante variado e que vale bem a pena ouvir do princípio ao fim. 


Temos vocalizações que aparecem ocasionalmente para injectar alguma profundidade às faixas, acabando por funcionar como mais um instrumento. Há também a presença regular de sintetizadores, o que mostra que a banda não quer ir apenas by the book e que não tem medo de explorar outras sonoridades e outros territórios. Tanto as vocalizações como os sintetizadores assentam que nem uma luva, diga-se. De salientar igualmente a produção límpida de Makoto Yagyu e Fábio Jevelim, que tiveram a preocupação de fazer todos os instrumentos sobressaírem à sua maneira.


Um dos grandes destaques de “Heavy Water” é “Anova”, com cerca de onze minutos, uma daquelas faixas que nos agarra e nos leva numa viagem por diversas paisagens e ambientes, culminando em total êxtase. Felizmente, de seguida, temos alguns segundos para descansar com o belo interlúdio, composto por Tiago Sousa, que dá nome ao disco, antes de terminar com as inspiradíssimas “Girlaxia” e “Abandónica”.


Em resumo, os Katabatic cresceram muito e temos aqui um disco muito mais directo, com guitarras pujantes, muita melodia e ambientes hipnóticos. Temos banda para se juntar a Riding Pânico e The AllStar Project no panorama post-rock em Portugal. E ainda há quem diga que não se faz música de jeito em Portugal…


http://www.ktbtc.com
https://www.facebook.com/katabaticband
http://www.myspace.com/katabatic

Destaques | SINISTRO - SINISTRO - 2012 | Portugal


Género
Post-Doom / Sludge / Post-Rock

O ano ainda vai a meio e a julgar pela colheita podemos dizer que é de assinalável qualidade, mais uma vez e pauta-se igualmente pela diversidade estilística, demonstrando que o panorama metálico português está de boa saúde e recomenda-se.
De entre um fervilhar de projectos e bandas que todos os meses vão assomando com novos trabalhos intra-muros, um grande destaque vai para os Sinistro - confesse-se que esta denominação, só por si, já é merecedora de curiosidade -, que fazem a sua aparição, auto-intitulada, num registo polifacetado, aglutinador de tantas referências que o seu enquadramento estilístico acaba por não ser nada fácil. Por aqui, há devaneios floydianos, momentos contemplativos com um fundo sonoro na linha do ambiental, há post-metal pré-'Oceanic' - com um toquezinho a Mono aqui e ali - e o bolo parece ficar completo, unindo estes ingredientes todos, com uma boa dose de doom metal. E, o mais interessante é que tudo faz sentido ao longo destes oito temas; as peças vão encaixando à medida que os minutos vão passando e tudo flui tão harmoniosamente que, terminado o som, fica uma sensação de desconforto, impelindo-nos a carregar não só no play, mas no repeat também, para uma prolongada viagem ao fundo destes temas. Somos absorvidos de forma subtil e tão generosa para o meio deste cenário - ou conjunto de cenários encadeados -, que desde cedo nos sentimos parte desta banda-sonora em que cada um de nós é o compilador de imagens e as coloca pela ordem que nos aprouver; e continuarão a fazer sentido, mesmo assim.
Num trabalho que funciona como um todo, é difícil destacar este ou aquele tema, mas 'O Acidente e a Euforia' tenta sintetizar, em pouco mais de quatro minutos, a fórmula aqui exposta - neste caso, com o contributo de Gabriel Coutinho -, 'O Dia Depois do Meu Funeral' que anda ali a deixar-se embeber pelo formato canção e, no derradeiro assomo, 'A Ira', a catarse musicada em onze minutos, onde um conjunto de teclados soberbo eleva em muito a qualidade deste tema e que conta, ainda, com a participação de Tó Pica, que efectua um belo solo já perto do final.
Desassombradamente, os Sinistro mostram-se sob uma paleta de cores que não nos deixaram indiferentes, restando saber se as mesmas têm o mesmo poder ao vivo e se mantêm a mesma vivacidade em momentos futuros. Se assim for, ainda iremos ouvir falar, e muito, deste misterioso trio. (15/20)

Sinistro - título adequado ao projecto. Assombroso - assim o descrevo.


São mais de cinquenta minutos divididos em oito faixas que merecem ser ouvidas e apreciadas por qualquer pessoa que seja amante de música pesada e experimental.


P, F e Y são os membros incógnitos deste trio que nos arrebata com as suas guitarras colossais e teclas que conduzem as músicas e criam ambientes belíssimos onde apenas existem vozes para acentuar ainda mais um clima sombrio e assustador. Temos também as participações de Tó Pica [Ramp] e Gabriel Coutinho que acrescentam ainda mais profundidade e classe às faixas onde participam.


O resultado de tudo isto é uma banda sonora emotiva e densa, com paisagens diversas que vão desde as mais negras às mais belas. Temos batidas trip-hop (em “O Dia Depois do Meu Funeral”), passagens floydianas (com o dedo de mestre de Gabriel Coutinho), o solo de guitarra de Tó Pica (em “A Ira”) e teclados que assentariam que nem uma luva num filme de terror. E temos, sobretudo, genialidade espalhada ao longo destas dez faixas. De destacar “Viagem Atribulada”, talvez a melhor do disco.


Vale a pena também ver o videoclip de “O Acidente e a Euforia”, realizado por Mike Correia (a.k.a. Mike Ghost), em que é captado de forma exímia tudo aquilo que são os Sinistro.


Em suma, este disco não pode simplesmente passar ao lado de qualquer apreciador de boa música. Ficamos à espera de poder ver esta misteriosa banda ao vivo.


http://www.facebook.com/projectosinistro

Destaque | NO TRIBE - DESERTA - 2012 | Portugal


Género
Metal / Hard Rock

Os lisboetas No Tribe nasceram em 1999 e após alguns anos em experimentações musicais, lançam o primeiro trabalho, uma demo, em 2006, intitulado The Days Of Days. Em 2009 viu a luz do dia o segundo EP, Primordial e agora, três anos volvidos e como reflexo da evolução do trajeto da banda, surge Deserta, um trabalho claramente mais maduro. Gravado, mais uma vez, nos Blacksheep Studios em Sintra com o conceituado produtor Makoto Yagyu, os seis temas que compõe Deserta mostram-nos uma banda capaz de explorar, de forma consciente e consistente, diversos campos dentro do rock. Como o próprio press-release afirma, Deserta deambula entre paisagens áridas e locais paradisíacos. Por isso não é de estranhar que a banda consiga visitar o metalcore, o progressivo, o alternativo e até o stoner. Conduzidos por uma bateria com um enorme dinamismo e versatilidade e por linhas de guitarra bem construídas, os No Tribe conseguem introduzir ainda importantes elementos melódicos, nomeadamente ao nível do refrão, que acabam por contrariar um pouco a tendência um pouco mais agressiva que se regista em grande parte do EP com as suas sucessivas descargas de pura energia e adrenalina

http://www.notribe.pt.vu
https://www.facebook.com/NoTribe.band
http://www.myspace.com/notribe

Destaque | SEVEN STITCHES - WHEN THE HUNTER BECOMES THE HUNTED - 2010 | Portugal



Género
Thrash Metal

Oriundos de Grândola, no Alentejo, os Seven Stitches ao longo dos seus 8 anos de existência estabeleceram-se como um dos nomes mais importantes do actual panorama da música mais extrema feita em Portugal. Duas demos, um EP, um split com os Swithtense e a partilha de palco com nomes tão importantes como Vader, Napalm Death, Rotten Sound, Brujeria ou Krisium ajudaram a fazer deste quinteto um nome de culto. E eis que, finalmente, editam o seu longa-duração de estreia, sob a denominação When The Hunter Becomes The Hunted. Trata-se de um trabalho composto por dez temas de thrash/death metal, variando entre o mais rápido e abrasivo ai mais técnico e melódico, mas sempre cheio de garra e extremamente inflamável, ou não viesse ele das quentes planícies alentejanas. Vocalizações agressivas, blastbeats aplicados com rigor, solos ácidos e corrosivos, riffs devastadores, são alguns dos argumentos que os alentejanos apresentam nesta sua proposta. Adicionem-lhe muita competência técnica, uma irrepreensível maturidade, inteligência ao nível da composição e estão encontrados todos os condimentos para que os fãs das facções mais extremas do metal se possam deliciar com este portento sonoro. E é a confirmação de mais um nome que vinha dando cartas, mas a quem faltava a prova de fogo: um longa-duração. Esta prova é agora apresentada e superada com distinção. O que torna os Seven Stitches mais um nome importante a ter em conta, a acompanhar e a promover além-fronteiras porque, acreditem, estes senhores apresentam um produto ao nível do que melhor a escola sueca (por exemplo) tem apresentado.

Oriundos de Grândola, um dos pontos fulcrais da revolução portuguesa, os Seven Stitches revelam-se como um quinteto perseverante, que mantém uma actividade regular e evolutiva desde os seus primeiros passos.
A sua própria revolução iniciou-se em 2002 e contam já com duas demos, um EP e um split com os Swltchtense, lançamentos estes que lhes permitiram refinar a sua sonoridade e as suas prestações ao vivo, percorrendo uma série de palcos por todo o país, partilhando os mesmos com muitas bandas nacionais e outras de renome internacional como Vader, Severe Torture, Napalm Death, Suffocation, Warbringer, Hatesphere, Rotten Sound, Brujeria, Fleshkrawl, Krisiun entre outras.
Ainda em 2009, após algumas mudanças na formação do colectivo e de testarem alguns dos novos temas ao vivo, o grupo concentra-se no registo do novo trabalho de originais e entra nos MDL Estúdios, em Paço de Arcos, para a gravação do mesmo, com o guitarrista André Tavares a assumir a produção com o resto da banda.
Já em Janeiro de 2010, os trabalhos de estúdio são concluídos e o primeiro longa-duração da banda, “When The Hunter Becomes The Hunted”, começa a ganhar vida própria com a divulgação online dos temas “From The Sky” e “Room”, temas estes que bem confirmam a evolução da banda e a coesão do novo line-up.
O renovado colectivo composto por Pica (voz), André Tavares e Bixo (guitarras), André Santos (baixo) e Nelson Teixeira (bateria) oferece-nos, destilado ao longo de dez poderosos temas um thrash/death metal de influências várias, do mais rápido e abrasivo ao mais técnico e melódico, sempre com a garra e a adrenalina de uma caçada em mente. Directamente do sul de Portugal, fazendo juz às quentes planícies de calor infernal, “When The Hunter Becomes The Hunted” é um álbum inflamável que arde em qualquer aparelhagem e que decerto não passará despercebido!

http://www.myspace.com/sevenstitchespt
https://www.facebook.com/pages/SEVEN-STITCHES/140234059335992

Destaque | WRAYGUNN - L'ART BRUT - 2012 | Portugal



Género
Rock'n'Roll / Blues

Depois de cinco anos de ausência, os Wraygunn preparam-se para regressar aos discos, no próximo dia 12 de março, com o seu quarto álbum de originais, «L'Art Brut».

Fundados em 1999 por Paulo Furtado, os Wraygunn editaram três álbuns que marcaram a primeira década deste século, entre 2001 e 2007.


«Soul Jam» (2001), o seu primeiro longa-duração, apresenta um som único entre nós, alicerçado no Rock'n'Roll mas carregado de referências de música negra, nomedamente Soul, Funk e Hip Hop.


«Eclesiastes 1.11» (2004) apresenta algumas alterações no line-up da banda que se virão a revelar decisivas. Recheado de grandes canções, marca a chegada aos Wraygunn de Raquel Ralha e Selma Uamusse, aprofunda a relação da banda com os elementos chave da cultura negra norte-americana, desta vez o Gospel e os Blues cruzados com mestria com o músculo do melhor Rock'n'Roll, e abre-lhes as portas do mercado francês com vendas superiores a 10 mil unidades e o apoio entusiástico da critica gaulesa estando entre os melhores discos do ano para publicações de referência como a Inrockuptibles ou a Rock & Folk.


«Shangri-La», o seu terceiro álbum, chega às lojas em 2007, consolidando os Wraygunn como uma das mais importantes bandas nacionais da sua geração.


Unanimemente considerado o melhor disco desse ano pela crítica nacional, «Shangri-La» está mais uma vez impregnado de Soul e Funk, mas está também inundado de electrónica analógica e de muito groove Disco, sem nunca deixar de ser fiel à forte personalidade da banda, herdeira do mais irreverente e iconoclasta Rock'n'Roll e mostra-nos uns Wraygunn ao nível do que melhor se faz em qualquer parte do mundo, como confirma o estatuto de cabeça de cartaz que conquista em território francês.


2012 marca o regresso dos Wraygunn aos discos, depois de um intervalo maior do que o habitual, devido ao facto de Paulo Furtado ter estado a trabalhar na obra-prima de Legendary Tiger man, «Femina».


Produzido por Nelson Carvalho e Paulo Furtado, «L'Art Brut» retoma o caminho dos anteriores discos dos Wraygunn: a constante renovação do legado do Rock’n’Roll através da exploração da sua relação com a mais profunda música negra norte-americana, numa atitude que, sem nunca ser revivalista, bebe no passado para apontar o futuro, e da qual resulta um som próprio embora universal, intemporal e perfeitamente identificável.


«Don’t you wanna dance» é o primeiro single a ser extraído de «L'Art Brut». Uma canção deliciosa de um grupo que nunca desistiu de deixar a sua marca na última década da mais moderna e esclarecida música feita em Portugal e que se propõe, nas semanas subsequentes ao seu lançamento, apresentar o álbum ao vivo em quatro cidades nacionais em concertos aos quais a única forma de acesso será a compra do disco.


https://www.facebook.com/wraygunn
http://www.myspace.com/wraygunn
http://pt.wikipedia.org/wiki/WrayGunn

Destaque | THEE ORAKLE - SMOOTH COMFORTS FALSE - 2012 | Portugal


Género
Doom / Death Metal Progressivo / Gótico (algo entre Moonspell e Lacuna Coil)

Foram consolidando a sua carreira discreta e sustentadamente, e aqui estão eles agora, com tal elegância. Os Thee Orakle mostram ao segundo assalto que têm uma capacidade acima da média para explorar diversos elementos musicais e fundi-los em algo obscuro, místico e progressivo.

No anterior “Metaphortime”, de 2009, a banda já tinha assumido que é uma ávida apreciadora de vários géneros musicais, mas ainda não tinha atingido o patamar de experimentalismo e arrojo que este “Smooth Comforts False” demonstra. Os compassos, os ambientes, os acordes, os arranjos, os solos jazzísticos, tudo isto está mesclado para nos surpreender quando menos esperamos. Senão vejamos ainda a fantástica inclusão do trompete em “Psi-Drama”, por Ricardo Formoso, do saxofone em “Rescue Mind”, por Fábio Almeida, ou da desconcertante voz de Adolfo Luxúria Canibal, dos Mão Morta, em “Farway Embrace”.


O poder melódico também está muito mais apurado, com Micaela Cardoso em excelente plano com vários coros e ambientes de teclado magnânimos. Do outro lado temos um animalesco Pedro Silva que não claudica em momento algum. E a casar com esta brutalidade estão também temas mais matemáticos e altamente aventureiros como “The Bridge Of The River Flowing” ou “Evil Dreams”, este último com Yossi Sassi Sa’aron (guitarrista dos israelitas Orphaned Land) num instrumento tradicional chamado bouzouki. “Evil Dreams” será também, porventura, o grande "híbrido", mas também dos mais apetecíveis, deste trabalho.

Não menos fantástica é a melodia da seguinte “Winter Threat”, corroborada por Marco Benevento, vocalista dos The Foreshadowing, e de “Hopefulness” – a momentos enternecedora e comovente. Mas tudo isso nunca atinge aquela amistosidade de um "sonzinho" radio friendly, o que para o bem ou para o mal, não belisca minimamente a sua integridade. Todavia, é um facto que com estes Thee Orakle em tal plano de excelência, mereciam talvez um single apenas para “furar” a dura crosta do underground.

“Smooth Comforts False” está regado de uma coragem e audácia que pouco vemos hoje em dia, ainda menos no plano nacional. E depois, a consistência e a quantidade e fluidez de ideias dos seus executantes é inexorável. Parece também óbvio que sem os Opeth ou os Orphaned Land a banda de Vila Real talvez tivesse nascido e crescido de outra forma, mas é cada vez mais evidente que são donos e senhores do seu nariz, criando uma sonoridade empolgante e personalizada, mesmo que saibamos de onde bebem as suas influências. [8.7] N.C.


Quando foi anunciado o nome deste segundo longa-duração dos vila-realenses Thee Orakle, não pudemos deixar de pensar que tal seria um pouco arriscado, dado ser o quase fatídico álbum número dois, ainda para mais sendo a tão difícil sucessão a ‘Metaphortime’, disco recheado de bons temas, coesos e… com ‘Alchemy Awake’.

Apesar de tudo isso, o septeto forjou um conjunto de temas que encaixam como uma luva nesse título tão arriscado, reforçando a sua posição num espectro onde ainda não existem muitas bandas a trabalhar por cá e demonstrando que os trabalhos do passado não foram meras coincidências. Do princípio ao fim, ‘Smooth Comforts False’, cativa e absorve-nos ao som de riffs poderosos, ritmos contagiantes e numa vistosa disputa entre as vozes de Pedro Silva e Micaela Cardoso, sem cair nos clichés que acabaram por saturar uma tendência que se instalou há alguns anos, com a vocalista num registo extremamente bem conseguido, numa evolução notória relativamente aos trabalhos anteriores, mas sem ofuscar minimamente toda a máquina musical presente nestes nove temas. A toada Doom foi relegada para um plano pouco mais que residual e investiu em linhas um pouco mais progressivas, equilibrando-as com as facetas Death e Gothic que pautam a matriz sonora da banda.

Para este álbum, a banda contou, também, com as participações especiais de Adolfo Luxúria Canibal, na faixa de abertura ‘Faraway Embrace’, incutindo-lhe um tom mais sombrio, poeirento, imiscuído no som do saxofone, dando a este tema uma aura cinzenta, soturna, mas contagiante. Em ‘Evil Dreams’, temos por alguns minutos um perfume oriental a pairar, com Yossi Sassi e o seu bouzouki a deixarem a sua marca, num tema escrito à medida para os Orphaned Land, porventura. Por fim, Marco Benevento surge em ‘Winter Threat’ e, no seu registo que fica ali entre o bucólico e o amargurado, luta com uma das mais conseguidas melodias de todo o álbum, a que se junta mais uma bela prestação de Micaela Cardoso, resultando num dos pontos altos destes 42 minutos de música. A caminho do fim, ‘Hopefulness’ dá-nos a estocada final, com mais uma melopeia que fica a bailar no nosso cérebro muito depois de ter terminado; e mais nada há a fazer do que voltar a premir a tecla play para confirmar o arrojo deste álbum, que teve, mais uma vez, o dedo de Daniel Cardoso na produção.

Ainda a procissão vai no adro e já podemos dizer que temos entre mãos um dos candidatos a disco do ano e só esperamos, depois desta degustação, poder ouvir estas malhas ao vivo.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Thee_Orakle
http://www.myspace.com/theeorakle
https://www.facebook.com/pages/THEE-ORAKLE/123835520986090
http://www.etherealsoundworks.com/index.php?27,thee-orakle-smooth-comforts-false

Destaque | KÉPZELT VÁROS - HÉLIUM - 2012 | Hungria


Género
Post-Rock, Indie

Barta Gyöngyi: cello
Oláh Gergely: vocals, keyboard
Győrffy Máté: guitar
Miskolczi Márton: guitar
Kocsis Szilveszter: bass
Gál Dániel: drums

The band was formed by four architect students in 2005. There were several changes in the lineup such as an expansion to six members. Their music differs from the usual by the dominant role of the keyboard and the cello. This and the vocals in Hungarian highlight them in the post-rock scene.

2008's Csend Utca EP represented a direction more likely towards popular alternative rock. The turning point was the White Noise single in 2009, their first step on a new path that is being followed since then with continuously growing success.
Their debut album entitled ’Mit Nekem’ came out on the 13th of November 2009 with support won on the PANKKK tendering organized by the Hungarian Ministry of National Resources. Studio recording and mastering took place at Altrecords and Bakery studios. The album is free to download from the band’s website.
During and after the recording several gigs were held in Hungary and in Austria. In 2010 the band played in Vienna twice accompanying the Austrian Our Ceasing Voice and the French Bye Horus. In Hungary they played with Russian Circles, or Anneke van Giersbergen from Netherlands, Jeniferever from Sweden, Zeni Geva from Japan, Constants from the US, Heirs from Australia, Our Ceasing Voice, Bye Horus and to list some Hungarians: Turbo, marionette ID and pozvakowski.
Their new album with the title Hélium came out on the 10th of April, 2012. It is free to download from their website.

http://www.kepzeltvaros.hu
https://www.facebook.com/kepzeltvaros
http://www.myspace.com/kepzeltvaros
http://soundcloud.com/kepzeltvaros
http://kepzeltvaros.bandcamp.com

Destaque | VERTIGO STEPS - SURFACE / LIGHT - 2012 | Portugal/Finlandia


Género
Rock Progressivo / Metal

Rendido! Estou completamente rendido a “Surface/Light”, o terceiro álbum dos Vertigo Steps. Não é habitual começar desta forma uma crónica sobre um disco, mas é a que melhor descreve a amalgama de sensações que me percorrem ao ouvir este novo trabalho dos Vertigo Steps. Estou absolutamente rendido. E pronto.


As expectativas eram animadoras. Já o “The Melancholy Hour” representou um enorme passo em relação ao disco de estreia, apresentando uma consistência e um amadurecimento de ideias considerável e delineador daquilo que representa a identidade musical de Vertigo Steps. Depois foram as participações especiais anunciadas que serviram como pronuncio de qualidade. No entanto o resultado final está muito além das expectativas.


Já tinha escrito neste espaço após a audição dos 5 temas que foram dados a conhecer pela banda nos seus canais oficiais que tudo apontava que “Surface/Light” fosse um álbum forte e de facto é um soberbo disco. Um disco onde qualquer adjectivo superlativo arrisca a ser escasso.


Sem fugir á linha apresentada no seu antecessor este novo trabalho apresenta uma musicalidade mais orgânica e directa sem que isso represente um passo atrás no “rendilhado” técnico que é apanágio de Vertigo Steps. Na verdade, pese a complexidade e abrangência técnica, os temas de “Surface/Light” apresentam-se mais próximos de um formato que permita mais “sentir” do que “apreciar” as musicas de Vertigo Steps, e que músicas. Desde “The Hollow” até “The Porcupine Dilemma” é extremamente ingrato conseguir encontrar um tema que se não mereça ser realçado.


Não poderia finalizar este texto sem destacar as excelentes prestações dos convidados Jan Transit (Ex-In The Woods), Patrik Karlsson (This Haven), Stein R Sordal (ex-Green Carnation), Sophie (Ugarit) e do “residente” Niko Mankinen que se apresenta num registo superior em relação aos trabalhos anteriores. De realçar também o fantástico trabalho de Bruno A. num disco revelador do seu grande potencial.


Em jeito de rodapé, julgo de elementar justiça afirmar que “Surface/Light” é um disco obrigatório para todos os apreciadores de  Rock e Metal progressivo, melódico, melancólico, soturno e pesado qb e até mesmo para os melómanos em geral.


http://vertigosteps.bandcamp.com
https://www.facebook.com/vertigosteps
http://www.myspace.com/vertigosteps
http://www.etherealsoundworks.com/index.php?129,vertigo-steps-surface-light

Destaques | WILD TIGER AFFAIR - LOST FATHERS - 2011 | Portugal


Género
Rock, Hardcore

Já foi editado o álbum de estreia dos Wild Tiger Affair, quarteto de Cucujães (Oliveira de Azeméis). O disco chama-se “Lost Fathers” e é composto por 13 faixas gravadas, misturadas e masterizadas por Daniel Valente no estúdio Caos Armado. Se já conhecíamos há algum tempo o tema “Computer Caveman”, é tempo agora de conhecer a restante safra rock dos Wild Tiger Affair.
Os Wild Tiger Affair são formados por Bernardo Gomes (baixo), João Isidro (voz e guitarra), Miguel Santos (guitarra e vozes) e Tiago Gomes (bateria).
http://www.myspace.com/wildtigeraffair
https://www.facebook.com/WILD.TIGER.AFFAIR.ROCK

Destaque | FADOMORSE - MÁGALA INVISIVEL - 2012 | Portugal


Género
Fusão, Pop, Alternativo

Treze anos que culminam num álbum triplo com a paricipação de Rui Veloso, Emmy Curl, Filipe Raposo e muitos outros.

“Magála Invisível” é o novo álbum (triplo) que, ao cabo de mais de uma década (13 anos), continua a revelar os FADOMORSE como um dos mais relevantes projetos de música portuguesa. “Digo-me Adeus” é o primeiro single deste novo disco, que junta a voz de Hugo Correia à de Emmy Curl. Rui Veloso, Sérgio Castro (Trabalhadores do Comércio) e Filipe Raposo fazem parte de um elenco de participações de luxo em “Magála Invisível”.


13 anos volvidos, passaram pela formação dos Fadomorse cerca de 45 músicos, 25 técnicos criativos, que levaram este projeto ímpar por centenas de concertos em Portugal e Espanha, e um pouco por todo o mundo, da Malásia ao México. Em 2012 comemora-se a persistência, o desejo de ser genuíno, demonstrando que a imaginação não tem limites!


RUI VELOSO COM FADOMORSE


Rui Veloso é o símbolo maior de várias gerações e um ídolo para quase todos os elementos de FADOMORSE. O convite para a participação neste novo disco foi feito ainda em palco no São Luiz (Lisboa), após um concerto da banda a que Rui Veloso assistiu, mostrando-se logo disponível em colaborar com os FADORMORSE. Por outro lado, se Rui Veloso é uma referência inabalável na cena musical portuguesa, Emmy Curl, de origem transmontana, representa uma nova geração de artistas igualmente genuínos que procuram uma identidade própria a partir da sua liberdade criativa.


Joe Medicis (Trabalhdores do Comércio), Carlos Martins (Caruma), Rui Babince (Touro e Teia), e Carlos Barros (DWS) fazem também parte do elenco de convidados. No disco instrumental colaboram ainda Filipe Raposo, André Silva, Jorge Queijo, Jeffery Davis e muitos outros.


FADOMORSE AO CUBO


Não é um, não são dois… mas três os discos incluídos em “Magála Invisível”.


O conceito Fadomorse Magála Invisível (FMI) foi criado em 2009, momento em que a banda decidiu comemorar os 13 anos de vida com um álbum que marcasse as fases, a pluralidade e a singularidade do grupo.


Três discos permitiram aos Fadomorse criar desde as canções “inocentes” do primeiro disco – temas simples confrontados com a complexidade instrumental da banda – até obras conceptuais como é o caso da que preenche os 59 minutos do segundo disco, denominado “Magála”. O álbum encerra com “Invisível”, o terceiro disco, mostrando um lado quase oculto dos “Fadomorse dos discos”, mas que sempre fez parte dos concertos da banda: a música instrumental. Uma viagem desde a world music à música orquestral com a colaboração da Orquestra Sinfónica Transmontana Virtual.


Apresenta-se assim o substituto digno de “Gritar o Fado” (2002), “Entrudo” (2004), “Gritar o Fado Revisitado” (2005), “Popétnico” (2006) e “Folklore Hardcore” (2008).


http://www.fadomorse.net
https://www.facebook.com/fadomorse
http://www.etherealsoundworks.com/index.php?150,fadomorse-magala-invisivel
http://www.musicverb.com/fadomorse

Destaque | LULULEMON - FLYING FORTRESS - 2012 | Portugal


Género
Surfcore, Trashblues, PostCountry

No primeiro álbum, os Lululemon vão à praia, olham para o espaço e acabam a mergulhar no tempo.

A capa de «Flying Fortress» sugere um templo com flamingos e um jardim psicadélico mas a espiritualidade dos Lululemon é outra. É não, são, porque reduzir este depoimento maioritariamente instrumental a um só compartimento é corromper a liberdade de uma banda que tanto recupera as guitarras surfistas de Dick Dale como o imaginánio sci-fi de uns Man-Or-Astroman.

Pela amostra, dá para perceber que não é bem música deste tempo. A tecnologia fica à porta da garagem e o som do álbum é um combo coeso em que o todo é maior que a soma das várias partes. E quão poliglota é esta banda que parte de uma ideia generalista de canção instrumental para explorar universos separados pelo espaço mas unidos pela música.


«Flying Fortress» não se limita a destruir muros e barreiras estéticas; também a tendência anacrónica é explorada do berço do rock à sua reedificação na década de 90. Tudo o que não seja mobiliário vintage não cabe no recheio dos Lululemon, um trio que denota apreciável criatividade e saudável domínio da matéria instrumental.


Falta-lhe uma consistência maior para justificar um longa-duração. Deste primeiro álbum poderia sair um excelente EP, que apesar do despretensiosismo, lembra algum do rock independente que se fazia a Oeste em Portugal há cerca de 15 anos. Ainda assim, recomendável a quem percorra as estradas do Entroncamento à espera de ver um ovni a aterrar


Tudo começou com um concurso de bandas em 2009 quando Pedro Ledo e Tiago Sales se juntaram num power duo demolidor para ganhar alguns trocos. Os blues eram uma referência para os dois músicos e daí até formarem os Lululemon foi um piscar de olhos. Com esta formação saiu cá para fora o EP Thee Ol’ Reliables (2010), disco onde a guitarra elétrica, a bateria e os sintetizadores ditam as regras, mas com muito fuzz e reverb em cima. Mais tarde junta-se à formação o Luís Matos para tocar guitarra barítono e o projeto começa a ganhar outra complexidade criativa. Os Blues alargam-se a outras sonoridades e o resultado é este arrebatador The Flying Fortress, disco dividido em IV Capítulos com muito Surfcore, Trashblues e Poscountry à mistura.

Flying Fortress arranca com Blonde Weather e logo ficamos agarrados a um universo que nos transportará para parte incerta; pelo caminho vamos encontrando paisagens secas e repletas de catos. Não ficamos indiferentes ao cinema de um Sergio Leone ou de um Quentin Tarantino. Blonde Weather é um single muito forte e um excelente início para aquilo que vem a ser este disco, gravado e misturado nos Estúdios Sá da Bandeira no Porto. Flying Fortress foi masterizado em Nova Iorque por Matt Shane, engenheiro de som já premiado com um Grammy.
Instrumental na sua totalidade, Flying Fortress está dividido nos tais IV capítulos porque os Lululemon não se ficam por uma linha contínua, gostam de trilhar caminhos obscuros e galgar sonoridades – não fazia sentido meter tudo no mesmo saco. A acompanhar o conjunto de originais Flying Fortress, está o disco Thee Ol’ Reliables composto por 2 EP’s, reeditados agora com uma faixa bónus gravada mais recentemente: Cpt. Tonic.
Depois de um concerto muito apreciado pelo público no Milhões de Festa, em 2010, o talento desta rapaziada de Vale de Cambra foi confirmado em 2011 ao ganhar o Optimus Live Act. O prémio do concurso valeu a abertura do palco principal no último dia do Optimus Alive. Seguiram-se convites para concertos por esse país fora.
Estava lançada mais uma grande banda em Portugal.


http://www.myspace.com/lululemonband
https://www.facebook.com/thelululemon
http://lululemon.bandcamp.com

Destaque | MAIZE - MAIZE - 2012 | Portugal


Género
Rock, Stoner Rock, Psych Rock, Jam Band

Band Bio:
Maize is a stoner/psych rock band from Viseu, Portugal. A power
trio that has established itself as a band capable of moving mountains
with its powerful riffs and confuse wise men with its experimentalism.
Originated in 2009, they have always followed the law of the jam,
because of their lack of technique but also to search for musical
freedom. Creating aggressive and heavy atmospheres in concerts, using
improvisation as much as possible, their live performances are,
consequently, unpredictable and addictive to the followers of the
genre. Their first EP, released in May 2012, containing 4 tracks of
pure psychedelia and contagious riffs, is a proof that Maize is a band
worth of listening.

Thoughts:

"Filled with pure turbulent energy, Maize takes you on a wild ride with enough twists and turns to make your head dizzy. This 3-piece from Viseu, Portugal encompasses heavy stoner riffs, kaleidoscopic psychedelia and an unparalleled sense for jamming the shit out of their instruments. At times the guitar tone is warm and fuzzy and at other times can be swirling and penetrating. For the most part the band is instrumental, such is the epic 12-plus minute track "L.", which gets downright trippy with it's marching tempo and stargazing sound effects. Around the 10-minute mark the track prepares you for launch into the 14-plus minute closing track "P." with a steady groove and slowed down bass-driven tempo. The songs are abundant with mind-scorching soloing and enough crunch to keep it interesting. Rich and colorful, the music is warm and fulfilling, and highly infectious. Really great stuff that deserves a listen."

Band Members:

Daniel Figueiredo - Guitar
Ricardo Silva - Bass, Vocals
Pedro Tavares - Drums

https://www.facebook.com/maizeband
http://www.myspace.com/maizeband
http://maizeband.bandcamp.com/album/maize

sábado, 14 de julho de 2012

PROGRAMA 15 (14-7-2012)



Portishead - Undenied
Innerthoughts - I Am
Tin Can Radio - Hot Trash
Garbo - Kiss the Spider
The Godspeed Society - Johnny
Lululemon - Chili Blues
Biffy Clyro - That Golden Rule
P.O.D. - Lost In Forever
Deftones - diamond eyes
Serj Tankian - Butterfly
Norma Jean - A Media Friendly Turn For The Worse
Periphery - MAKE TOTAL DESTROY
Seven Stitches - From The Sky

domingo, 8 de julho de 2012

PROGRAMA 14 (7-7-2012)


Mutemath - Odd Soul
Turtle Giant - Gold Tooth (Killer)
Thrice - Yellow Belly
Chiptots - Não Faz Mal
Tonight Alive - Sure As Hell
Sonic Boom Six - Bigger Than Punk Rock
Asfixia - Sistema
The Dwarves - You'll Never Take Us Alive
Bruto and The Cannibals - Slut From Hell
Prayers Of Sanity - Acid 51
Wild Tiger Affair - Fire Gazing
Thee Orakle - Mysterious Hours
Vertigo Steps - The Hollow
Sinistro - Hóspede Inesperado

segunda-feira, 2 de julho de 2012

PROGRAMA 13 (30-6-2012)



Glös - Hell Hath No Fury
Minus The Bear - My Time
Képzelt Város - Hélium
Wraygunn - Kerosene Honey
The Effinays - Screwston
Gruvis Malt - What Ladder
La Chanson Noire - Correr Cansado
Daytrader - Deadfriends
The Offspring - Hurting As One
Children 18:3 - Bandits
Decoder - The Giver
mulherhomem - sopa de intervenção
Hundred Reasons - Live Fast, Die Ugly
Cynic - Evolutionary sleeper
No Tribe - Time to Breathe

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Destaque | RAGING PLANET | Portugal




Bandas
The Temple - Cinemuerte - We Are The Damned - [F.e.v.e.r.] - Capitão Fantasma - Bizarra Locomotiva - Men Eater- Miss Lava - Murdering Tripping Blues - D'Evil Leech Project - For The Glory - Riding Pânico - Dawnrider - Peste & Sida - Sinistro - More Than A Thousand - Blacksunrise - Sam Alone - La Chanson Noire - Fiona At Forty - Mécanosphère - Ho-Chi-Minh - Humble - Banshee ASECR - Satans Revolver - EasyWay - Seven Stitches - Blackjackers - The Dixie Boys - Yoshi O Puto Dragão - Phazer - Daemogorgon - Bypass - Nelson Carrera - From Now On - The Ransack - Albert Fish - Amarionette - Citizen Destroyer - Legion Of The Sadists - Atentado - EAK - Bruto And The Cannibals - Drop D - Moe's Implosion - Wild Tiger Affair - Katabatic - The Godspeed Society - Apotheus - Devil In Me - TwentyInchBurial (R.I.P.) - Nua (R.I.P.)

Ultimas edições

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domingo, 24 de junho de 2012

PROGRAMA 12 (23-6-2012)



Trashtucada - Demogracia
Throes + The Shine - Ewe
Diabo Na Cruz - Baile na Eira
Blackbird Raum - Story from Strawmouth
Mu - Lucas
Fadomorse - Digo-me Adeus (with Emmy Curl)
Primitive Reason - Seeds Among The Rain
The Hives - 1000 Answers
Gazua - Respira
Lapko - Waves Are Crashing
Art By Numbers - The Man In The Box
L' Alba di Morrigan - Snowstorm
Skypho - A Última Caminhada
Livin'Paradies - Time to let it go
The Bouncing Souls - Static

terça-feira, 19 de junho de 2012

Destaque | AN X TASY - THE CALM BEFORE THE STORM - 2012 | Portugal


Género

Punk / Hardcore / Alternativo

Provavelmente, o regionalismo votou este quinteto oriundo de Faro a algum atraso no seu reconhecimento. Não obstante, os seus dez anos de carreira renderam várias vitórias em concursos, concertos ao lado de nomes tão sonantes como Caliban, The Unseen ou Omnium Gatherum e ainda vários pezinhos de dança no estrangeiro. Sem esquecer: um álbum e um EP.


O seu segundo longa-duração vem neste ritmo de calmaria procelosa condimentada por uma vasta embrulhada de sons, sobretudo rockeiros, com melodias ternurentas mas também uma agressividade metaleira ocasional que faz baralhar as contas.


Todavia, os An X Tasy são rock e mostram-se apaixonados pelos clássicos. Que o digam os guitarristas Rafael Rodrigues, Nuno Gonçalves e Bruno Pereira - fantásticos executantes.


Em dez faixas superiormente produzidas temos ainda apontamentos bluesy, jazzy e latinos, tudo assente numa interessante e muito segura forma de escrita. Os An X Tasy só pecam nas linhas vocais limpas, onde há francos melhoramentos a operar e que só por isso não tornam, por exemplo, um tema como "O Amor" num estrondoso sucesso radiofónico. Atenção ainda para a deficiente pronuncia inglesa na faixa escondida "Giant With Feet Of Clay".


A banda homenageia também a sua língua materna através de títulos de temas e breves passagens líricas que, no cômputo geral, transmitem uma mensagem de humildade, solidariedade e humanismo, que também lhes confere pontos a favor.


É fácil perceber que os An X Tasy têm muito potencial a fervilhar na guelra e um nível de profissionalismo e detalhe que extravasa o amadorismo típico dos principiantes, surpreendente, sobretudo, para aqueles que, pelas razões anteriormente invocadas, os poderão ter ainda como uma novidade. Não o são e a continuar desta forma poderão espantar muita e boa gente. [7.3/10] N.C.


Elementos:

- Rafael Rodrigues (voz, guitarra)
- Nuno Gonçalves (guitarra, voz)
- Bruno Pereira (guitarra)
- João Bernardo (baixo)
- Bruno Henriques (bateria)

Discografia:

- "Even The Most Honest Man Sometimes Tells Some Lies" (Ed. digital - 2009)
- "Even The Most Pacific Man Sometimes Has To Kill" (EP - 2011)
- "The Calm Before The Storm" (CD - 2012)

http://www.myspace.com/anxtasy
https://www.facebook.com/anxtasy
http://palcoprincipal.sapo.pt/anxtasy

segunda-feira, 11 de junho de 2012

PROGRAMA 11 (9-6-2012)


The Internationals - Shoulder
Memória de Peixe - Estrela Morena
Alamaailman Vasarat - Väärä Käärme
NotFound - Homeward Bound
Dividers - Just a Man
O Rapaz Estranho - A forma
Aitches - Wednesday
Millencolin - Out From Nowhere
Booster - Fala Mal e Deixa Andar
Architects - Daybreak
Ocoai - La Main d'Electrique
Kehlvin - Troy Van Balthazar
Katabatic - Light Hexagons

terça-feira, 5 de junho de 2012

Destaque | SKYPHO - SAME OLD SIN - 2011 | Portugal


Género
Metal / Fusão

É curioso como tão discretamente os Skypho foram subindo na sua carreira, mas sempre sob um princípio rígido de qualidade e ousadia. Isto pode parecer paradoxal, até porque a banda já venceu alguns concursos, tocou ao lado de bandas de renome e até já foi ao estrangeiro. Mas a sensação que temos é que o material que apresentam tem potencial para já serem ainda mais falados do que são. Talvez alguma coisa mude com este “Same Old Sin” que apresenta o sexteto de Albergaria-A-Velha, pela primeira vez, em longa-duração.

Recorrendo aos préstimos, novamente, de Ivo Magalhães nos Uncle Rock Studios, e, pela primeira vez, do aclamado Jens Bogren na parte da masterização, salta-nos logo à vista o excelente som deste disco. Depois, vem a amálgama sonora – esquizofrénica - que caracteriza os Skypho desde os tempos de “Nowhere Neverland”, de 2007, que, aliás, acaba por ser aqui representado em vários temas.


Imaginem uns Soulfly e Rage Against The Machine a “churrascar” com uns Primitive Reason e Alice In Chains enquanto uns Ill Niño se encharcam num qualquer beberete latino ameaçado de saque por uns Tendrills ou Korn. Mas… fica complicado resumir os Skypho a estes autores. Isto aqui só pode ser considerado música experimental com um astral radiofónico, ao que não fica alheia a excelente voz de Carlos Tavares. Ao mesmo tempo, o peso está presente, o que os suspende entre o mainstream e o underground. No fundo, estão no seu próprio patamar que é o mais importante.


Não obstante este arrojado melting pot, estamos certos de que o grupo pode evitar certas influências mais vincadas e fazer convergir algumas delas para um todo ligeiramente mais homogéneo. A questão é discutível e adivinhamo-la como o principal estigma dos Skypho – a sua própria categorização.


Entenda-se ainda que os Skypho não descobriram a pólvora, mas têm uma inteligência acima da média ao nível da escrita e são capazes de imprimir uma dinâmica elevada e contagiante aos seus temas. Há demasiado por onde se pegar aqui… e nos tempos que correm não há como não valorizar nem que seja a intenção. Um bem-haja há descomplexidade da música dos Skypho. [8.2/10] N.C.


Depois de "Nowhere Neverland", os Skypho dão mais um passo seguro na sua afirmação no seio da música de peso portuguesa com o álbum de estreia "Same Old Sin".


Naquilo que o Ep e as demos que o precederam prometiam, o novo registo mais do que confirma. Os Skypho são actualmente um dos projectos mais "refrescantes" do Metal nacional. 


Gravado nos mesmos IM Estúdios (Porto) onde foi gravado o Ep, o álbum regista a continuação da colaboração de Ivo Magalhães na produção. Uma colaboração que tem dado bons frutos. Se a captação dos sons decorreram em Portugal já a masterização decorreu na Suécia, mais concretamente nos Fascination Street Studios, trabalho este a encargo de Jens Bogren (conhecido pela colaboração com bandas como Opeth, Katathonia e Soilwork entre outras).


Se em "Nowhere Neverland" era notória uma diversidade em termos de raízes musicais em "Same Old Sin" a musica da banda atinge outra plenitude. Durante os 13 temas não é de todo estranho encontrar referências a várias vertentes musicais. Desde as melodias Grunge/Pós Grunge, passando pelos ritmos ora inquietos do Ska ora quentes das musicas tribais, até à força do Metal (ora com incursões na vertente Nu Metal ou em linhas mais agressivas como o Thash). 


Mas o mais impressionante é que os Skypho conseguem esta incursão pelos vários territórios musicais superiormente mantendo uma linha condutora que lhes permite ter uma identidade vincada.


"Same Old Sin" recomenda-se fortemente e assume-se como um dos registos do ano do nosso meio. Experimente e deixe-se levar por esta experiência musical capaz de lhe surpreender.


Temas em destaque: "Spirit" , "Demon's Party" e os renovados "My Insomnia", "Nowhere Neverland".


skypho.blogspot.pt
www.skyphoband.com
www.facebook.com/skypho

Destaque | OS QUAIS - POP É O CONTRÁRIO DE POP - 2012 | Portugal


Género
Indie / Acústico / Folk

Já passaram três anos desde que o rockeiro (pelo menos para os parâmetros bossa-novistas dos que já lhes conheciam as canções) EP "Meio Disco" fez sair da toca esta dupla. Afinal, o Jacinto e o Tomás, que tocam e cantam juntos desde os tempos de escola, davam-se a ouvir descontraidamente e não iam mudar de vida só porque sobre eles se escreveram maravilhas:
“Os Quais fizeram de um meio disco uma ideia inteira”, Nuno Galopim (DN); “O disco inteiro promete”, João Lisboa (EXPRESSO); “Apenas seis músicas mas todas elas imprescindíveis”, Frederico Batista (SAPO.pt); “Entre a Lisboa letrada e a enganadora leveza da música brasileira”, Lia Pereira (BLITZ); “Tem rocks e pops e bossas e constrói uma ideia de personalidade”, Mário Lopes (PÚBLICO); “É «Meio Disco» mas já é muita coisa”, Davide Pinheiro (DISCO DIGITAL); “A qualidade de um disco inteiro”, Rui Dinis (A TROMPA); “Destes aventureirismos estamos necessitados”, Gonçalo Palma (COTONETE).
Mas também porque levaram o desafio à letra, cuidaram em coligir responsavelmente aqueles materiais que melhor os representavam e convocar amigos barra-limpa: Domenico Lancellotti (ritmista, cantor, compositor, integrante do trio +2 e baterista de Adriana Calcanhotto, autor em 2011 do álbum "Cine Privê", em que se inclui a doce 'Os Pinguinhos', canção escrita em parceria com o Tomás), Alberto Continentino (ás do baixo que tocou com meio mundo no Brasil e que também grava com Calcanhotto), Ricardo Dias Gomes (da banda Cê de Caetano Veloso e também da Do Amor), Pedro Sá (guitarrista com vastíssimos créditos mas actualmente também integrante da banda de Caetano), Bruno Medina (dos Los Hermanos) ou - em 'Bunganvília' - Péricles Cavalcanti (cantor, compositor e teórico, com originais gravados desde a década de 70 pelas vozes de Caetano, Gal ou Arnaldo Antunes); e do lado de cá criaram bases rítmicas no contrabaixo de Hernâni Faustino e na bateria de Gabriel Ferrandini (músicos de muitas andanças jazz mas colegas no RED Trio).
O resultado é quintessencialmente quaisiano: letras de quem trabalha a língua e está habituado a driblar-lhe os convencionalismos, músicas de quem pinta com olhos de paisagista, focado no panorama geral mas consciente de que deus e o diabo se encontram nos detalhes.
Péricles Cavalcanti sabe. E escreveu-nos o PR:
“Há alguns anos, Nina, minha filha, me disse que queria que eu conhecesse Tomás, um seu amigo português (e de muitos amigos nossos), artista plástico e também músico (que já havia morado aqui em São Paulo e que agora estava de volta a Lisboa) que conhecia música brasileira. Bem, não demorou pra que eu ouvisse algumas gravações dele, com seu parceiro Jacinto, na banda “Os Quais”.
Imediatamente, mesmo antes de ouvir o som, já gostei deste nome de banda: sintético, moderno e auto-irônico. Depois fui ouvindo as gravações, simples, contemporâneas e experimentais e fui gostando ainda mais de tudo o que elas estavam dizendo. Soube que os “nossos amigos” a que Nina se referia eram os músicos do “+2”: Moreno Veloso, Kassin e Domenico Lancellotti e também o guitarrista Pedro Sá, todos, mais ou menos, da mesma geração de Tomás e Jacinto, e soube, também, que aqueles faziam o som brasileiro atual com que estes se identificavam mais.
Logo em seguida, eu e Tomás ficamos amigos, via e-mails, e ele me encomendou uma vinheta com o tema “futurismo” para uma das gravações do primeiro disco de “Os Quais”. Até que ele veio a São Paulo e, finalmente, nos conhecemos pessoalmente, conversamos muito e, assim, gostei ainda mais dele.
Isso tudo, de um modo bem resumido, pra chegarmos até este novo ‘pop é o contrário de pop”. Minha participação nele começou com o convite, que eu de pronto atendi, pra dividir os vocais com Jacinto (o que fizemos via internet) na bela “Buganvília”, canção que ecoa, pra mim, algumas canções de Caetano Veloso, artista que faz parte do “paideuma” musical da dupla.
Agora ouço o disco completo e fico mais contente de saber que, além de levar adiante as “explorações de estilo” do primeiro disco, as participações nas gravações se estenderam ainda mais, incluindo alguns daqueles nossos amigos, como por exemplo Pedro Sá, baixo e guitarra, em ‘É adeus”, canção que, “misturando” jeitos luso-brasileiros, diz, candidamente, “Tchau, adeus”. Ou Domenico Lancellotti, na bateria, nesta ‘Bandeira”, com melodia tão bonita, curta e límpida, cuja letra faz uma referência (ou reverência!) sutil ao grande James Brown e que conta, também, com a participação, entre outros, de Bruno Medina (de “Los Hermanos”, outra das referências musicais contemporâneas de ‘Os Quais”) tocando um banjo indiano.
Vale dizer que Domenico é também parceiro de Tomás em “Quem sabe”, além de participar dos vocais nesta faixa que encerra o disco realizando uma “ponte transatlântica lírica” com timbres de celesta e um belo e áspero arranjo de cordas (que lembra o som de rabecas do nordeste brasileiro) de Miriam Macaia.
Outro “link” mais explícito com a música brasileira está nesta canção-resposta-enviesada aos “Caros amigos” de Chico Buarque, “Meu caro amigo Chico” (feita para um filme documentário) em cuja letra são citados, também, ícones da cultura pop universal, como Paul McCartney e Fred Astaire, numa faixa que tem a participação, entre outros, do brasileiros Ricardo Dias Gomes (da banda “Do amor”), no piano Fender Rhodes e em que vale destacar o ótimo arranjo para metais do português José Castro.
Quando ouço a musica de “Os Quais”, inevitavelmente, penso nas relações culturais luso-brasileiras, hoje, e é como se Tomás e Jacinto, incorporando elementos de nossa canção moderna (pós-bossanova) que tanto lhes interessam, nos devolvessem, nas deles, de uma forma original, a possibilidade de compreendermos um pouco de nossa própria identidade poético-musical, que para nós, dentro deste “caldeirão”, parece bem menos clara. Não foi à toa que Portugal nos legou nossa língua!
Ouça-se, assim, esta emblemática, “Monossilábica”, em que não há outras participações que não a de Jacinto no vocal e de Tomás, no violão e na guitarra. Esta canção, uma das minhas preferidas no disco, num certo sentido filha direta de uma tradição experimental, traz na letra um exercício lingüístico que, implícitamente, faz uma reflexão sobre o uso pouco usual dos monossílabos em letras de canções em português (língua com um vocabulário composto por palavras e expressões mais extensas), característica essa tão comum em canções na língua inglesa, “naturalmente” mais sintética (o que, presumivelmente, a tornaria mais flexível para as divisões rítmicas!). E tudo isso “acompanhado” por um violão swingado, de inspiração tão brasileira e moderna.
Outra de minhas faixas preferidas, neste disco todo interessante, é esta “Corpo” que eu já conhecia desde uma gravação-demo anterior (que Tomás me enviou) e que sempre me chamou atenção pela delicada e cinematográfica descrição que sua letra faz de um belo corpo feminino, como num plano seqüência de um dos filmes iniciais da Nouvelle Vague: “mais livre teatro das formas exatas”. Lindo! E que ótimo baixo acústico, sinuoso e envolvente, toca o Alberto Continentino, nesta gravação!
“E como poderemos, então, não ver, aí, a beleza!”. Ouça-se, assim, esta outra faixa, “Duas imagens”, uma composição mais “universalmente” pop e que com sua estranheza, na entonação da melodia quase-falada e na letra, por si só, justifica e explica o titulo deste álbum.

É, este pop é mesmo diferente de pop. E não podia ser de outro modo.

Viva!
Péricles Cavalcanti”                                                                                         
“Pop é o contrário de Pop” – e, enquanto palíndromo, ninguém pode rebatê-lo – vai para as lojas dia 1 de Junho.

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Destaque | DIABO NA CRUZ - ROQUE POPULAR - 2012 | Portugal


Género
Rock / Pop / Folk

«Vinde todos a terreiro! Vinde já ouvir o novel tomo dos mais celebrados jograis do roque lusitano. Bernardo Barata, B Fachada, João Gil, João Pinheiro e Jorge Cruz voltaram a congregar esforços e inspiração. Entraram no estúdio com os seus instrumentos musicais e de lá saíram com uma dezena de novas cantigas. Criações que, na companhia das cantigas de Virou!, cruzarão Portugal (de Trás-os-Montes aos Algarves, do interior profundo ao litoral que viu partir os nossos navegadores) e, quiçá, as sete partidas deste mundo. E prometem fazer rodopiar as saias das donzelas mais formosas e abanar as cabeças de nobres e plebeus. Entrai na dança, siga a rusga, minha gente!!»
Esta tentativa (falhada) de intro em linguagem mais ou menos antiga serve apenas para vincar que raras vezes o rock cantado na língua de Camões terá estado tão próximo das raízes musicais portuguesas e do nosso imaginário colectivo. O génio de António Variações, bem o sabemos, uniu o Minho a Nova Iorque em composições inesquecíveis, mas fê-lo com uma sensibilidade muito mais pop. É fascinante como a energia do rock e a urgência do punk casam na perfeição com os ritmos tradicionais, as expressões populares – como “não morremos hoje nem casamos amanhã” –, os sons de foguetes e o chamamento do amolador.
Tudo isto se encontra bem presente em Roque Popular, começando na garra destilada em "Bomba-Canção" ou "Baile na Eira" (as duas primeiras do disco e excelentes cartões-de-visita: tic-tac incendiário como um cocktail molotov e pogo dance para malhar no terreiro sem dó nem piedade) e desaguando na ilustração que Nuno Saraiva fez para a capa do disco.
Bem ao centro da acção, uma figura remete-nos para a vertigem de London Calling (Paul Simonon a partir o seu baixo em pleno concerto) e para uma das mais icónicas imagens do punk, fazendo a síntese e a ponte entre os dois universos, num caso sério de alquimia inesperada: estamos na presença de música urbana feita com o pés bem assentes na nossa terra e com potência suficiente para abrir fendas profundas no solo mais resistente.
Mas este Roque Popular não é feito apenas de paisagens trepidantes; os seus horizontes são abertos, vastos como as planícies alentejanas. Nele cabem momentos mais calmos, como a melancólica "Luzia" ou "Fronteira" (referência explícita à emigração, que tem sido a senha e solução de vida para muitos portugueses nos últimos tempos – o que acaba, aliás, por retomar um certo fado lusitano a que se costuma chamar diáspora) ou radio friendly, como o single "Sete Preces", que já anda a rodar por aí. Se o som do amolador costuma anunciar chuva, no final da funky "Estrela da Serra" antecede o surgimento dos "Pioneiros", esquadrão de elite que persiste em desbravar sem receio terrenos desconhecidos, «sempre prontos a agarrar o mundo inteiro». "Chegaram os Santos" arrisca um ska bem dançável e que se poderá tornar um caso sério de diversão, tendo todos os elementos necessários para ser um hino festivo-casamenteiro já no inicio do próximo Verão - à atenção das comissões organizadoras dos arraiais populares… e não cobro um cêntimo pela dica. E "Siga a Rusga", num portento de ritmo, antes de se escrever o “Memorial dos Impotentes”, espécie de epitáfio agridoce inscrito sobre este Roque Popular.
O grande equilíbrio (entre momentos para acelerar por aí fora e repousar o corpo e a cabeça, músicas para pintar a manta e refrões cantaroláveis) é um dos pontos fortes deste disco. O palavrão que me ocorre para o classificar é Música Moderna Popular Portuguesa, com a energia do (punk) rock a lavrar bem fundo nas nossas raízes. Melhor ou pior do que o seu antecessor, Virou!? Essa poderá ser uma questão debatida ad nauseam, uma vez que se tratam de duas obras excepcionais, mas uma coisa parece certa e segura: Roque Popular pega no ponto em que os cinco rapazes tinham chegado no disco de estreia e dá passos em frente.
E mesmo com este risco acrescido, pisa caminhos que o deverão levar a ouvidos muito variados, tornando Diabo na Cruz um nome familiar a bastante mais gente.

Depois da estreia com "Virou!", há três anos, "Roque Popular" é o segundo capítulo discográfico dos Diabo na Cruz. Um disco "mais rico, mais denso, com mais coisas a dizer" que "volta a pegar, sem preconceitos, na música de raiz", explicam dois elementos do grupo lisboeta ao SAPO Música. 

"As nossas raízes são o rock, mas ao longo destes dois, três anos de Diabo na Cruz fomos misturando outros elementos populares, que tanto podem ser da música mais tradicional como a das feiras, das festas, das romarias, enfim...", conta Bernardo Barata ao abordar os alicerces da música da sua banda - ou de uma das suas bandas, uma vez que o baixista também integra os Feromona.


Além de Benardo Barata, a formação atual dos Diabo na Cruz conta com Jorge Cruz (voz), João Gil (teclados) e João Pinheiro (bateria), que estão no grupo desde os primeiros dias, e Márcio Silva (viola braguesa), Manuel Pinheiro (percussão) e Sérgio Pires (cavaquinho e guitarra elétrica), as novas aquisições - baixas a registar, só a de Bernardo Fachada, que ainda assim permanece como "membro honorário".


Uma das maiores diferenças entre "Roque Popular" e o antecessor "Virou!" deriva mesmo deste novo formato dos Diabo na Cruz, realça o baixista. "Este é mais banda", aponta, considerando-o ainda um álbum "mais denso, com arranjos mais complicados". "Aqui ganhámos uma visão de conjunto, de coletivo. O próprio universo musical é mais profundo, mais entrosado", acrescenta João Pinheiro, atribuindo essa mais-valia à experiência de palco após a edição de "Virou!":


"Este disco vem da estrada, compusemo-lo em estúdio com muita estrada em cima, é resultado de uma banda muito habituada a estar em palco. Na verdade, Diabo na Cruz sem palco não faz sentido - o que fizemos em estúdio ganha aí uma dimensão plena", assinala. 


"O facto de termos tocado tanto no Alive como na vilazinha não sei das quantas também nos ajudou a perceber aquilo de que queríamos falar e a transpor para o disco em conjunto. O primeiro disco foi uma experiência muito diferente, com uma vivência mais individual. Desta vez partilhámos uma série de coisas que até aqui não eram tão óbvias", recorda Bernardo Barata.


Dessa partilha feita na estrada resulta um retrato de um Portugal redescoberto. "Todos nós gostamos muito do nosso país mas ao mesmo tempo somos muito críticos em relação a muitas das suas coisas e esse disco mostra isso: agora há mais acuidade na nossa visão em relação ao que se passa", destaca João Pinheiro.


"Roque" popular - o de ontem e o de hoje


Depois de visitar vários recantos do país, com uma agenda de concertos que percorreu mais de 100 palcos, o baterista tem alargado essa redescoberta ao plano musical. "Desde que estou em Diabo na Cruz, o meu interesse pela música portuguesa, que já não era pouco, aumentou exponencialmente. O disco que ando a ouvir agora é um dos Sétima Legião, que é uma banda que, há cinco ou seis anos, diria que não era bem o que me apetecia ouvir... e agora, de repente, fui pegar nesse disco ou em coisas antigas de Trovante, em todos os discos dos Gaiteiros de Lisboa...". 

Nomes como estes, ou como Fausto ou Banda do Casaco, são alvo de revisitação regular por parte dos membros dos Diabo na Cruz, refere o baterista. A aliança entre tradição e modernidade que os distinguiu mantém-se viva em discos como "Roque Popular", em que os Diabo na Cruz trabalham "uma língua e um património musical riquíssimos", sublinha João Pinheiro.

Num ano em que regressa aos palcos, a banda já apresentou o álbum em Guimarães ou no Porto e esta quarta-feira, 23 de maio, leva-o ao Ritz Clube, em Lisboa, a partir das 22h30. O resto do país é a meta dos próximos meses, mas haverá pelo menos uma incursão fora de portas, conta-nos ainda o baterista. "Vamos experimentar a primeira internacionalização dos Diabo na Cruz em Praga, na República Checa. Fomos convidados pelo festival Lusófona, que tem a ver com Portugal, e interessa-nos experimentar outros palcos. Mas para já o mais importante é fixarmo-nos aqui, onde as nossas raízes estão".


https://www.facebook.com/pages/diabo-na-Cruz/309932335470
http://www.myspace.com/diabonacruz

Destaque | GAZUA - TRANSGRESSÃO - 2012 | Portugal


Género
Rock / Punk

Depois de três discos editados em três anos consecutivos (2008, 2009 e 2010), os Gazua apresentam este ano o seu quarto disco de originais “Transgressão”. O estilo interventivo expresso sobretudo nas letras e os riffs de guitarra imprimem a personalidade dos Gazua, mas não é só disso que é feita esta banda.
A irreverência e o risco em experimentar novas sonoridades marcam este trio que em “Transgressão” se volta a reinventar. Com uma banda renovada onde o teclado é um novo convidado os Gazua viram assim uma nova página no seu percurso.
“Transgressão” foi gravado por Makoto Yagyu e Fábio Jevelim nos estúdios Black Sheep em Mem Martins.
www.myspace.com/gazua
www.facebook.com/gazuarock

domingo, 27 de maio de 2012

Destaque | COGWHEEL RECORDS | Portugal


Praticamente desde o início da história da indústria musical que as editoras discográficas tem funcionado segundo o mesmo paradigma. Os músicos são contratados pela editora que controla todos os aspectos da sua carreira, ficando esta na posse dos direitos das obras dos mesmos e recebendo o grande grosso dos lucros da comercialização destas obras.

Na Cogwheel Records percebemos que com o advento das novas tecnologias de informação esse paradigma não é mais válido e que é necessário a criação de um novo paradigma que melhor se ajuste à nova realidade da internet e das redes sociais. Que apresente um novo respeito pela liberdade de criação e controlo por parte das pessoas que investem o seu tempo, esforço e criatividade no desenvolvimento de novas obras, os músicos.

Somos uma editora diferente, uma editora que não se vê como a entidade que contrata um músico e controla, mas sim uma prestadora de serviços que é contratada pelos músicos para facilitar a disponibilização das suas criações ao público em geral, libertando-o assim para se poder concentrar no que é realmente importante, fazer música. O nosso trabalho é ajudar a concretizar a visão que o criador teve, munindo-o de ferramentas, serviços e aconselhamento. O músico tem o controlo, o poder de decisão e o nosso papel é o de fazer acontecer.

Na Cogwheel Records são os músicos que determinam o preço a que as suas obras são disponibilizadas ao público, recebendo os lucros das vendas dos mesmos. São os músicos que determinam se os seus temas serão ou não disponibilizados para download e partilha pela sua base de fãs. São os músicos que ditam as regras.

Esperamos ter a oportunidade de ajudar aos músicos expressarem a sua individualidade e de mostrarem ao mundo que há mais perspectivas e maneiras de criar que aquelas com que a indústria musical mainstream nos bombardeia diariamente através dos média tradicionais. Encorajamos a diferença e a originalidade.

HANGING BY A NAME

Urbana por natureza, a música que fazem revela-se através de paisagens sonoras pautadas por sons de guitarra atmosféricos e carregados de textura que rapidamente alternam com explosões de assinaturas rítmicas complexas ditadas pela bateria e suportadas por linhas de baixo ao mesmo tempo elaboradas e poderosas, num esforço colectivo para capturar em música todas as nuances e intensidade das histórias de vida que povoam as letras que completam as ferramentas de trabalho deste trio. Uma visão própria de um rock alternativo que se propõe a encontrar o seu espaço no mundo da música.
Clique aqui para saber mais acerca dos HANGING BY A NAME

INNERTHOUGHTS

INNERTHOUGHTS, projecto Conimbricense, reorganiza-se, cresce e amadurece suavizando as melodias. Os pensamentos diluem-se em palavras, que juntas contam histórias num ambiente com um travo a folk.
Innerthoughts pretende partilhar sentimentos que, na sua aparente simplicidade, nos fazem sentir vivos. Espera-se que as pessoas estejam dispostas a receber, digerir e, porque não, devolver, partilhando assim um pouco de si. Um até breve, vemo-nos por aí.
Clique aqui para saber mais acerca de INNERTHOUGHTS

O RAPAZ ESTRANHO

"Da leve pergunta e da incessante busca vem o porquê, o rapaz estranho e curioso que vive no interior de nós!"
O conceito nasce da pergunta, e com a pergunta vem a necessidade de expressão, quer pelas palavras quer pela música de carácter cru e orgânico, pelas linhas e botões ou fotos e desenhos e tudo mais. O rapaz estranho é um colectivo que se juntou para criar um pequeno universo de fantasia semelhante ao que vivíamos quando fomos crianças. Um universo feito de música e não só!
Clique aqui para saber mais acerca de O RAPAZ ESTRANHO

R(U)DOLFO

R(u)dolfo é um confesso viciado em música. É problemático e irrequieto.
Um catavento impulsivo que se deixa levar pela mais leve corrente de ar numa torrente de introspecção á procura de respostas sobre si próprio e o mundo que o rodeia. Respostas que muitas vezes teimam em não vir ao de cima e o arrastam para turbilhões emocionais que compulsivamente despeja em forma de canções tão imediatas quanto candidamente honestas.
Clique aqui para saber mais acerca do R(U)DOLFO

The Black Turbo

"Sons rock, com pitadas de punk e um gosto anos 50! (Nuno Ávila - RUC)"
Os The Black Turbo surgem em Coimbra em 2008 formados por Rui Correia (guitarra e voz) e Paulo Gomes (bateria e back vocals), começaram por fazer sons juntos por puro gosto, mas sentindo-se sozinhos decidiram ir buscar um elemento feminino, Sally Black(entretenimento) que com a sua boa disposição e atitude os conseguiu tornar numa banda cheia de vontade e de força de ir para os palcos e dar o seu todo...(.)(.)
Clique aqui para saber mais acerca dos Black Turbo.

New Kind of Mambo

É com uma guitarra e uma bateria que os New Kind Of Mambo invocam o espiríto dos elementos que fazem o solo tremer e os corpos mexer. Capaz de derreter o gelo de uma qualquer piña colada, não há 'sombrinha' que resista aos acordes exóticos servidos com o uivo de meia noite!
As influências fazem-se sentir partindo de universos como o garage-rock, surf, punk, blues, r'n'b, rock'n'roll, de onde são transportadas para uma outra dimensão - a de uma banda que com dois elementos procede à desconstrução destes géneros em busca da frescura original das suas premissas.
Clique aqui para saber mais acerca dos New Kind of Mambo.

Garbo

"Sim... Os Garbo são uma banda Rock."
Apesar deste facto inegável, os Garbo são mais do que isso. São cinco pessoas com cinco diferentes gostos, experiências e conhecimentos musicais. Tudo isto junto, faz deste projecto algo de diferente e incomum, que necessita de ser sentido e adquirido.
O som da banda é claramente marcado por características invulgares e muito peculiares, que apesar de não ter intenções de se tornar "alternativo" surpreende quem o ouve. É esta surpresa, que os Garbo gostam de levar para os concertos, tentando alcançar um público vasto e de interesses diversificados.
Clique aqui para saber mais acerca dos Garbo.

MILBALAS

Milbalas nasce em 2008, com 3 membros e uma enorme vontade de criar algo novo. Com apenas uma guitarra e um computador nasceu a primeira música e a partir daí a busca de uma identidade que se tornaria muito própria. Entre 2008 a 2011 milbalas viveu um processo evolutivo e criativo marcado pela entrada progressiva dos novos membros.
Milbalas relata-nos histórias de momentos, de comportamentos, de sentimentos, com uma musicalidade que se distingue por revelar um pouco da personalidade de cada um dos seus cinco elementos.
Clique aqui para saber mais acerca dos MILBALAS.

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