terça-feira, 5 de junho de 2012

Destaque | SKYPHO - SAME OLD SIN - 2011 | Portugal


Género
Metal / Fusão

É curioso como tão discretamente os Skypho foram subindo na sua carreira, mas sempre sob um princípio rígido de qualidade e ousadia. Isto pode parecer paradoxal, até porque a banda já venceu alguns concursos, tocou ao lado de bandas de renome e até já foi ao estrangeiro. Mas a sensação que temos é que o material que apresentam tem potencial para já serem ainda mais falados do que são. Talvez alguma coisa mude com este “Same Old Sin” que apresenta o sexteto de Albergaria-A-Velha, pela primeira vez, em longa-duração.

Recorrendo aos préstimos, novamente, de Ivo Magalhães nos Uncle Rock Studios, e, pela primeira vez, do aclamado Jens Bogren na parte da masterização, salta-nos logo à vista o excelente som deste disco. Depois, vem a amálgama sonora – esquizofrénica - que caracteriza os Skypho desde os tempos de “Nowhere Neverland”, de 2007, que, aliás, acaba por ser aqui representado em vários temas.


Imaginem uns Soulfly e Rage Against The Machine a “churrascar” com uns Primitive Reason e Alice In Chains enquanto uns Ill Niño se encharcam num qualquer beberete latino ameaçado de saque por uns Tendrills ou Korn. Mas… fica complicado resumir os Skypho a estes autores. Isto aqui só pode ser considerado música experimental com um astral radiofónico, ao que não fica alheia a excelente voz de Carlos Tavares. Ao mesmo tempo, o peso está presente, o que os suspende entre o mainstream e o underground. No fundo, estão no seu próprio patamar que é o mais importante.


Não obstante este arrojado melting pot, estamos certos de que o grupo pode evitar certas influências mais vincadas e fazer convergir algumas delas para um todo ligeiramente mais homogéneo. A questão é discutível e adivinhamo-la como o principal estigma dos Skypho – a sua própria categorização.


Entenda-se ainda que os Skypho não descobriram a pólvora, mas têm uma inteligência acima da média ao nível da escrita e são capazes de imprimir uma dinâmica elevada e contagiante aos seus temas. Há demasiado por onde se pegar aqui… e nos tempos que correm não há como não valorizar nem que seja a intenção. Um bem-haja há descomplexidade da música dos Skypho. [8.2/10] N.C.


Depois de "Nowhere Neverland", os Skypho dão mais um passo seguro na sua afirmação no seio da música de peso portuguesa com o álbum de estreia "Same Old Sin".


Naquilo que o Ep e as demos que o precederam prometiam, o novo registo mais do que confirma. Os Skypho são actualmente um dos projectos mais "refrescantes" do Metal nacional. 


Gravado nos mesmos IM Estúdios (Porto) onde foi gravado o Ep, o álbum regista a continuação da colaboração de Ivo Magalhães na produção. Uma colaboração que tem dado bons frutos. Se a captação dos sons decorreram em Portugal já a masterização decorreu na Suécia, mais concretamente nos Fascination Street Studios, trabalho este a encargo de Jens Bogren (conhecido pela colaboração com bandas como Opeth, Katathonia e Soilwork entre outras).


Se em "Nowhere Neverland" era notória uma diversidade em termos de raízes musicais em "Same Old Sin" a musica da banda atinge outra plenitude. Durante os 13 temas não é de todo estranho encontrar referências a várias vertentes musicais. Desde as melodias Grunge/Pós Grunge, passando pelos ritmos ora inquietos do Ska ora quentes das musicas tribais, até à força do Metal (ora com incursões na vertente Nu Metal ou em linhas mais agressivas como o Thash). 


Mas o mais impressionante é que os Skypho conseguem esta incursão pelos vários territórios musicais superiormente mantendo uma linha condutora que lhes permite ter uma identidade vincada.


"Same Old Sin" recomenda-se fortemente e assume-se como um dos registos do ano do nosso meio. Experimente e deixe-se levar por esta experiência musical capaz de lhe surpreender.


Temas em destaque: "Spirit" , "Demon's Party" e os renovados "My Insomnia", "Nowhere Neverland".


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